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sexta-feira, 1 de junho de 2012

“Criando Meninas para a Glória de Deus – Parte 1″ por Simone Quaresma



Antes de falarmos sobre o que queremos ensinar para nossas meninas, precisamos nos questionar sobre o que nós pensamos e queremos para elas. Antes de incutir princípios e valores em nossas filhas, devemos rever os nossos, de acordo com a única regra para a nossa fé e para a nossa prática de vida diária – a Bíblia.
Somos forçadas, então, a nos fazer algumas perguntas: O que pensamos do papel da mulher no lar? Como avaliamos aquilo que a Bíblia requer de nós? Temos nos submetido com alegria a essas ordenanças? Somos fruto da nossa época ou temos remado contra a maré, reafirmando as verdades bíblicas? Almejamos para nós e para nossas filhas aquilo que o presente século impõe, ou o que a vontade de Deus, expressa nas Escrituras, nos aponta? Feitas estas reflexões, podemos, então, nos despir da roupagem da vã ideologia mundana e rever os padrões da Palavra de Deus.
Talvez você ainda nem seja mãe, talvez sua menininha ainda use laçarotes, brinque de bonecas, ou, quem sabe, ainda nem tenha aprendido a andar, mas a formação da mulher que ela será já começou! Mesmo inconscientemente, e sem nenhuma intenção formal, estamos forjando o caráter de nossas filhas pelo exemplo. Nossas atitudes, visão de mundo, valores não comunicados e ensinos verbais construirão a esposa e mãe que ela será um dia. Por vivermos num mundo que anda na contramão do Evangelho, e por causa do nosso próprio pecado, é essencial que haja um treinamento árduo e um ensino constante, que se contraponha aos conceitos que são exaustivamente “ensinados” pelo mundo às nossas filhas sobre: casamento, feminismo, romance, submissão, criação de filhos, o papel do homem e da mulher na família, etc.
Abordaremos, então, dois pontos que considero essenciais para analisarmos nossa própria conduta: que tipo de mulher e de esposa tenho sido.


QUE TIPO DE MULHER TENHO SIDO? 

Para que possamos desenvolver em nossas filhas todas as qualidades requeridas da mulher, segundo a Bíblia, precisamos, primeiramente, conhecer estes valores e cultivá-los em nós mesmas. Quais são os adjetivos que temos perseguido para nós? Temos almejado ser reconhecidas como mulheres que brilham no mundo da moda ou no meio acadêmico? Temos lutado por manter nossas casas sempre no mais deslumbrante modelo de arquitetura e decoração? Temos gasto nosso precioso tempo investindo em artifícios para brilharmos nas festas e eventos para os quais somos convidadas? Temos enfeitado e feito brilhar apenas o que é exterior? Se temos procedido dessa forma, se nosso foco é o presente século, aqui mesmo já temos nossa recompensa.
A mulher piedosa, e que deseja viver de acordo com o chamado que Deus conferiu a ela, não devotará sua vida a futilidades exigidas por este mundo mal, que jaz no maligno. Ela desejará para si e para sua filha um modelo mais alto, mais sublime. Ela se preocupará não com o que as amigas acham dela, de sua casa ou de seu novo penteado, mas o que Deus vê quando olha para ela. Este foi o padrão estabelecido por Deus através do apóstolo Paulo: “Da mesma sorte, que as mulheres se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)” I Timóteo 2:9 a 11. Pedro também nos exorta a cultivarmos a beleza que durará para sempre e não murchará com a idade: “Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparatos de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.” I Pedro 3:3 e 4. Que linda advertência! Nosso trajo de boas obras é incorruptível! Enquanto tudo que fazemos, para nos manter bonitas e na moda, passa – se rasga, fica velho – investir no homem interior traz frutos eternos! Por isso, devemos avaliar nossa vida, prioridades e ao que temos dado importância, em que temos investido tempo, dinheiro e esforços. Nos dedicamos, intensamente, ao ouro, prata e pedras preciosas; ou madeira, feno e palha? Lembremo-nos sempre que, no último dia, será o fogo que provará nossas obras!



QUE TIPO DE ESPOSA TENHO SIDO?
Quando falamos de crianças, devemos nos lembrar que elas assimilam nossos exemplos, copiam nossa forma de ver a vida, mesmo quando não sabem se expressar Necessitamos corrigir nossa visão de casamento e submissão ao marido, se quisermos que nossas filhas sigam os caminhos que Deus exige delas. Nosso modelo de casamento será seu modelo. Nossa submissão, nossa forma de tratar e respeitar a autoridade de nossos maridos será seu espelho. Antes de questionar o tipo de mãe que preciso ser, necessito rever o tipo de esposa que sou. Devemos perseguir o alvo de sermos a esposa assim descrita por um Puritano: “a melhor companheira na fortuna; a mais adequada e pronta assistente no trabalho; o maior conforto nas tribulações e pesares; e a maior graça e honra que pode haver a quem a possui.” Sendo o tipo de mulher que o SENHOR definiu para nós, e não a cartilha feminista, estaremos aptas a criar nossas meninas através do nosso caráter moldado e transformado segundo as normas da Palavra de Deus.
Em artigos subsequentes, falaremos a cerca de aspectos práticos que devemos desenvolver em nossas meninas, para que elas obtenham a graça de serem esposas e mães que glorifiquem ao Senhor, e produzam para o Seu Reino frutos eternos e imarcescíveis, que não murcham, que não se corrompem! Deus nos auxilie nesta longa, árdua e deliciosa tarefa de criar meninas para refletirem Sua Glória!
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* Simone Quaresma é casada há 23 anos com o Rev. Orebe Quaresma, pastor da Igreja Presbiteriana de Icaraí e da Congregação Presbiteriana de Ponta da Areia em Niterói, Rio de Janeiro. Professora de educação infantil, deixou a profissão para ser mãe em tempo integral de 4 preciosidades: Lucas (20 anos), Israel (18 anos), Davi (16 anos) e Júlia (14 anos). Ela mantém o blog Se Eu Gostasse de Ler…  de leituras diárias para os jovens da Congregação pastoreada por meu marido; é professora da classe de jovens e trabalha com a SAF da Igreja onde ele é pastor auxiliar.
 
Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria
 

O AMOR DE DEUS


A Bíblia nos informa que Deus é luz (1 João 1:5), Deus é amor (1 João 4:8,16) e que Deus é um fogo consumidor (Deuteronômio 4:24; Hebreus 12:29). Porque Deus é luz, Seu amor é um amor santo que odeia o pecado. Porque Deus é um fogo consumidor, Seu amor é um amor justo que pune o pecado que Ele tanto odeia. Não somente o amor de Deus é um amor santo e justo, mas é também um amor soberano, gracioso e eterno.

I. O amor de Deus é um amor soberano.
A. Isto significa que Deus ama quem quer que seja e o que quer que seja que Lhe agrade, e que Ele não tem o dever de amar alguém ou algo de forma alguma.
B. Esta verdade é ensinada em Salmos 5:5 e Romanos 9:13.

II. O amor de Deus é um amor gracioso.
A. Isto significa que Deus ama quem quer que seja e o que quer que seja que Lhe agrade, baseado estritamente em Sua própria vontade soberana, e não baseado em algo agradável ou amável nos objetos de Seu amor.
B. Esta verdade é ensina em Deuteronômio 7:6-8 e I João 4:7,10,19.

III. O amor de Deus é um amor eterno.
A. Isto significa que Deus ama quem quer que seja e o que quer que seja que Lhe agrade, com um amor eterno, ou um amor que se estende de uma eternidade passada até uma eternidade futura.
B. Esta verdade é ensinada em Jeremias 31:3; João 13:1; 15:9; e Romanos 8:31-39.

“Cristo era amado pelo Pai, porém Ele não foi eximido de pobreza, humilhação e perseguição. Cristo teve fome e sede. Assim, quando Cristo permitiu que os homens cuspissem nEle e O golpeassem, isso não foi incompatível com o amor de Deus por Ele. Portanto, que nenhum cristão questione o amor de Deus quando passar por aflições e provações. Deus não enriqueceu a Cristo na terra com prosperidade temporal, pois Ele não tinha “...onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20). Mas Deus Lhe deu o Espírito sem medida (João 3:34). Aprenda o cristão, pois, que as bênçãos espirituais são os principais dons do amor divino. Que bênção saber que, ao passo que o mundo nos odeia, Deus nos ama!” — Arthur W. Pink   

(MONERGISMO.COM)
John A. Kohler, III

TESTEMUNHO E EXEMPLO


A palavra testemunho tem destaque em todos os escritos de João, desde o evangelho até o Apocalipse. Como cristãos, damos testemunho a respeito do Senhor Jesus, e isso vai gerar um outro testemunho que será dado a nosso próprio respeito. O procedimento será observado e produzirá um testemunho positivo ou negativo. 

João se alegrou pelo testemunho dado pelos irmãos a respeito de Gaio. Contudo, os estranhos também dão testemunho. Nesse contexto, os "estranhos" são irmãos vindos de outros lugares. No verso 12, todos dão testemunho, inclusive o próprio apóstolo e a própria verdade. Parece que a verdade, nesse contexto, está relacionada à doutrina, a qual serviria como parâmetro para confirmar determinado testemunho.
          
Vemos, portanto, que as nossas obras geram testemunhos a nosso respeito e essas mensagens circulam rapidamente e estruturam ou derrubam nossa reputação.

A epístola destaca o procedimento de Gaio, Diótrefes e Demétrio. Daí surgiram testemunhos positivos e negativos, fazendo com que essas pessoas se tornassem bons ou maus exemplos, a serem imitados ou evitados. 

Gaio e Demétrio são apresentados como cristãos fiéis (vs.3-6,12). Diótrefes é visto como ambicioso. Estava na liderança, mas João não o reconhece como tal. O apóstolo diz que Diótrefes "gosta de ter entre eles a primazia." (v.10). Ele gostava de ser líder, contudo não era vocacionado para aquele trabalho. Seu caráter se manifesta por suas palavras e ações:
- Profere palavras maliciosas. 
- Não recebe o apóstolo João na igreja. É rebelde contra as autoridades espirituais. 
- Proíbe que os irmãos o recebam. 
- Exclui da igreja quem o faz. (v.10). 
Gaio, que já andava na verdade, deveria se inspirar nos bons exemplos (v.11)